
Museu do Amanhã
SANTIAGO CALATRAVA
O Museu do Amanhã, situado no Rio de Janeiro, é um verdadeiro ícone da convergência entre engenharia e arquitetura, sobre a relação entre a cidade e o meio ambiente. Projetado por Santiago Calatrava, o museu faz parte do projeto de revitalização da zona portuária Porto Maravilha.
Com 5.000 m² destinados a exposições temporárias e permanentes, o museu se estende por uma praça de 7.600 m², que envolve a estrutura e se projeta ao longo do cais. Sua arquitetura futurista é marcada pelos imponentes balanços: a fachada voltada para a praça possui 75 metros de comprimento, enquanto a voltada para o mar atinge 45 metros.
Esses elementos amplificam a sensação de que o museu se estende até a Baía de Guanabara, ao mesmo tempo em que reduzem a largura do edifício.
O projeto enfrentou desafios técnicos significativos, principalmente devido ao terreno flutuante em que o museu está localizado. Foi necessário realizar um estudo geotécnico detalhado para garantir a estabilidade e durabilidade da estrutura. Além disso, foi projetada uma estrutura arquetípica, que oferece versatilidade funcional e pode acomodar desde exposições a conferências e espaços de pesquisa.
Pensado para interagir com o ambiente, o museu incorpora elementos como água e luz, além de ser adaptado para resistir às condições climáticas da região. A cobertura em balanço, com grandes asas móveis, transmite a sensação de flutuação sobre o mar, enquanto a altura do edifício é limitada a 18 metros, preservando a vista panorâmica da Baía de Guanabara e do Mosteiro de São Bento, Patrimônio Mundial da UNESCO.
A sustentabilidade é outro destaque do projeto. O Museu do Amanhã foi projetado para otimizar o uso de energia natural e fontes de luz. A água da baía é utilizada para regular a temperatura interna do edifício e também alimenta os espelhos d'água.
Adicionalmente, o edifício é equipado com painéis solares fotovoltaicos ajustáveis, que geram energia solar e contribuem para a autossuficiência da construção.
A integração do museu com a paisagem e o uso de soluções ecológicas refletem a intenção de Calatrava de criar um espaço que não só abrigasse exposições, mas também funcionasse como um centro de educação e reflexão sobre o futuro do nosso planeta.